domingo, 27 de abril de 2025

Jesus Luz comenta conversão ao candomblé: ‘Ligação ancestral. Foi um chamado’

 Jesus Luz vem postando nas redes sociais fotos suas em um centro de candomblé, usando guias de contas ilekes (cada cor representa um orixá e são de proteção) e com a cabeça coberta com um ekete (adorno africano para cobrir e proteger o ori, cabeça). Em um dos posts, o DJ mostra a presença da filha, Malena, no terreiro, ressaltando que a menina de 3 anos também é levada pela mãe, a modelo e DJ Carol Ramiro, a uma igreja evangélica.

“É maravilhoso ver minha filha frequentando a igreja com sua mãe e vindo ao terreiro de candomblé comigo. Essa liberdade e esse amor sempre foram tudo que desejei para ela. Ela vai crescer com uma grande espiritualidade e com respeito e amor por todos, independentemente de religião. Estou plantando a semente do bem nela nesse mundo tão preconceituoso e enfraquecido mentalmente. Desejo muito amor! Muito Àsé! Que os Òrisàs abençoem vocês!”, escreveu ele no post.



O DJ diz que sempre foi curioso em relação à religião e recebeu da família muitas influências. Quando era criança, frequentava um centro de Sahaja Yoga na casa da tia e também era levado pela avó a uma igreja evangélica.“Via toda essa pluralidade de fé à minha volta e isso me influenciou muito. Mais para frente conheci o espiritismo e a Umbanda, mas não mergulhei de cabeça em nada”, relembra ele.

O estudo da Kabbalah o enriqueceu muito e ele reconhece que foi uma experiência diferente de tudo que já havia vivido até então. Mas foi um convite para conhecer o centro ìlé Àsé Sàngólònílè, em Pedra de Guaratiba, bairro na Zona Oeste do Rio, que Jesus Luz percebeu que encontrava ali o seu lugar, ou melhor, a sua religião. Até então, ele confessa que tinha preconceito com o candomblé.

“Me perguntei: ‘Por que esse sentimento existe dentro de mim?’. Quando conheci meu baba, Igor de Xangô, foi uma conexão de almas, um encontro. Quando entrei no centro, no terreiro, tive a sensação de estar no lugar certo”, lembra ele. “Descobri que a minha ligação com o candomblé é ancestral, com certeza. Senti o chamado, foi uma coisa intuitiva. Quando cheguei lá, percebi que estava no lugar certo.”

Ao levar a filha para conhecer sua nova "casa", inicialmente Jesus ficou preocupado como a menina iria reagir porque, segundo ele, é um ambiente de muita energia. Mas a reação de Malena o tranquilizou:

“Ela respondeu: ‘Medo de quê, papai?’ Foi ali que vi que estava tudo bem e que estava agindo de uma forma positiva com ela. Fiquei muito feliz e satisfeito. E assim estou somando para ela, a enriquecendo como pessoa, tenho certeza.”


Desde que passou a frequentar o centro, mudanças positivas em sua personalidade foram percebidas por pessoas próximas. Autoconfiança, fé e entusiasmo pela vida também foram sentidas por ele.

“Me sinto mais protegido. Sinto que pertenço àquele lugar, àquelas práticas. Me sinto muito melhor do que antes de conhecer o candomblé. Com certeza tem me feito muito bem e essa melhora vêm sendo observada pelas pessoas que me amam.”


De acordo com o babalorixá Igor de Xangô, Jesus é um iniciado (que está começando na religião). O que isso significa? É a pessoa que se depara com seu retorno ancestral e é consagrada para o orixá, o Deus, ao qual pertence. Para isso, o DJ tem passado por um processo iniciático com dogmas, preceitos e fundamentação.
"A iniciação quer dizer que morremos para o mundo e renascemos para o sagrado. A religião de matriz africana é para todos, mas nem todos são para a religião de matriz africana. Por quê? É uma religião cheia de dogmas, preceitos e segmentos. Nem todos estão dispostos a seguir esses dogmas, que são muito sérios e muito particulares dentro do destino de cada ser humano. Cada um nasceu com um destino, um odu, que quer dizer destino, um caminho predestinado. Nós saímos do céu, do orum para a terra. Viemos dar segmento para aquilo que escolhemos no orum (céu)", diz Igor.









FONTE:SITE GSHOW 
MATÉRIA POR: LUCIANA TECIDIO
FOTOS: REPRODUCAO INSTAGRAM/ACERVO PESSOAL


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