segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Jesus Luz fala sobre casamento, pandemia, carreira e lives para a Revista Marie Claire


    
Ele é DJ, ator e modelo, todas as áreas que reúnem grupos de pessoas e que estão proibidos de serem realizados. Por este motivo, ele foi impedido de trabalhar por alguns meses e conta à Marie Claire que se sentiu mais deprimido durante este período de pandemia, o que o levou a pedir ajuda às pessoas mais próximas para superar os abalos psicológicos.

     "Me senti deprimido e precisei de ajuda principalmente da minha família e amigos. Acho que reconhecer que está sensibilizado e não tentar ser uma fortaleza é o grande primeiro passo para a transformação de qualquer deprê", comenta.

    Os momentos de tristeza profunda e o excesso de convivência com a mulher, a DJ Carol Ramiro, em três meses dentro de casa, não foram saudáveis para os dois e ele confessa que o relacionamento também sofreu com as consequências do coronavírus.

    "Tivemos alguns momentos desafiadores, mas sobrevivemos a quarenta como casal. A convivência extrema acelerou certos processos que talvez levassem anos para superarmos. Hoje estamos mais fortes", explica. "Para superar, eu e Carol fomos muito criativos: ela é muito presente e isso acompanha meu lado mais intenso sexualmente falando. Para mim sexo é uma terapia, levo muito a sério", descreve.

    Já a carreira profissional de Jesus também teve de sofrer uma readaptação para se adequar à nova realidade: agora o DJ já não dedica mais o seu set à multidão presente nas festas, mas às pessoas que estão dentro de casa, em isolamento. 

    "No início da pandemia foi bem difícil me adaptar a essa 'limitação', mas com as lives e a possiblidade de ter um público, agora fazemos eventos drive-in ou com um terço da capacidade, sempre cumprindo todas normas recomendadas pela OMS [Organização Mundial da Saúde]. Isso já muda o cenário. Sinceramente, só tenho de dar graças a Deus pela minha saúde e da minha família e, o resto, nos adaptamos", acredita.



Oportunidade online

      Agora a rotina está voltando a um novo normal e ele conseguiu realizar sua primeira live em Brusque, no interior de Santa Catarina, para onde viajou e transmitiu o set em seu canal na internet. Ele resume que a experiência foi um respiro em meio a tantas notícias tristes.

     "Foi emocionante voltar aos palcos. Até chorei no camarim, uma sensação de gratidão que nunca imaginei sentir novamente tocando. Impressionante como muitas vezes precisamos perder algo para dar o seu real valor. Sempre fui grato pelo meu trabalho, mas agora parece que dobrou essa gratidão", descreve.

    Jesus tocou um set dentro da comunidade do Vidigal, na Zona Sul do Rio de Janeiro, que aconteceu neste domingo (30) e que foi transmitido ao vivo pelo Youtube. 

    "Sou muito conectado com o Vidigal, já fiz algumas ações por lá e adoro subir o Morro Dois Irmãos, curtir os bares e restaurantes locais. Sendo na minha cidade e num lugar que amo, não tenho como estar mais feliz e ter a oportunidade de ajudar. Vamos ajudar às ONGs Vidiga na Social e Basket Cruzada."

     Para depois da pandemia, ele diz que só quer pensar em viajar e trabalhar muito. "Já estou na pegada de trabalho bem intensa, gosto de me envolver, produzir junto, fazer coisas que muita gente diria 'um artista não deveria fazer isso'. Comigo não tem essa! Minha equipe é minha alma, se eu meto a mão na massa, tenho o respeito e admiração deles! Isso é a maior satisfação para mim", finaliza.


FONTE: SITE REVISTA MARIE CLAIRE por Felipe Carvalho (O texto original sofreu algumas adaptações)

FOTOS: Divulgação 

sábado, 8 de agosto de 2020

Jesus Luz: "Me senti beirando à depressão e fiquei com medo"

   Jesus Luz, 33 anos de idade, contou como tem encarado o isolamento social em família. Em conversa com Quem, o DJ e modelo falou sobre o período de convivência direta com a mulher, a DJ Carol Ramiro, e a filha do casal, Malena, de 3 anos. "Sou muito ansioso e é essencial manter a sanidade. Suportar a convivência extrema era algo que a gente não conhecia, ficar 24 horas juntos, a gente teve que se respeitar muito", afirma ele, que passou a contar com a companhia da mãe, Cristiane, em sua casa durante a quarentena.

  De acordo com Jesus, a família foi fundamental para que não fosse dominado por uma 'bad vibe'. "Me senti, muitas vezes, beirando à depressão e fiquei com medo. Já tive e sei como é. É horrível, não dá vontade de fazer nada. Ninguém merece passar por isso. Não permiti que a deprê me invadisse e me mantive na luz", diz, com franqueza.

Ele também conta que, antes da pandemia, viveu crises conjugais. "Eu e a Carol já tivemos fases difíceis. Nós fizemos, inclusive, terapia de casal", afirma o DJ, que está prestes a lançar o feat My Life, com Bia Socek e Ana Lélia. A música chega às plataformas digitais em 10 de agosto e o DJ tem lives programadas para os dias 15 e 30 de agosto,que serão realizadas em Santa Catarina e no Rio de Janeiro.

Quem: Como tem sido seu período em isolamento social?
Jesus Luz: 
A companhia da minha mulher e da minha filha são a base de tudo. Muita força, muito amor, muita inspiração. Minha filha me transforma, com um sorriso é capaz de mudar o meu dia. A gente adora ver filme da Disney, ficar na piscina, brincar. A gente se pinta, faz uma zona… A Malena não está indo para escola em função disso tudo e a nossa casa tem que ter a função que a escola tinha. Mais atividade, mais diversão para ela não ficar com um “buraco”. A gente sempre estimula que ela tenha experiências sensoriais para não ficar na TV ou no telefone o dia inteiro. A gente fica muito ligado para ela não virar aquela criança do celular. Preferimos que ela esteja brincando, nadando, se divertindo com os cachorros, pintando. Desde que ela não fique alienada e esteja feliz, já fico em paz.


Como gosta de aproveitar o lar na companhia da Carol e da Malena?
Entre minha família e amigos, já era um cara famoso por ser reflexivo, pensativo, me isolar e fica na constante busca por autoconhecimento. Sou muito ansioso e é essencial manter a sanidade. Suportar a convivência extrema era algo que a gente não conhecia, ficar 24 horas juntos, a gente teve que se respeitar muito e lidar com a ansiedade.

A pandemia do coronavírus tem deixado muita gente reflexiva. O que faz para manter a sanidade?
Um sempre dá suporte para o outro. É óbvio que, às vezes, vinham alguns desentendimentos. A minha mãe está morando aqui em casa por um tempo. Por um lado, é maravilhoso; por outro, mais um desafio de convivência. Por mais que exista muito amor, existe muita convivência. Para manter a sanidade, fiz muita atividade física, li bons livros e vi muitas séries. Comi comidas gostosas. Essas válvulas de escape foram essenciais durante a pandemia.

Chegou a dar uma “pirada” ou sentiu mais introspectivo?
Tive a fase de dar uma pirada e também tive a fase de ficar introspectivo. Vivi intensamente os dois lados. O que me rendeu mais bons frutos foi o lance da reflexão, de ficar introspectivo e buscar o autoconhecimento. Sem tirar a importância da “pirada” e o valor que tem saber extravasar, se permitir…

Por exemplo?
Se tiver que gritar no banheiro, grita. Sabe? O ser humano precisa deste extremo, do radical para colocar o pé no chão logo em seguida.

A deprê veio em algum momento?
Eu me senti, muitas vezes, beirando à depressão e isso me deu medo. Já tive depressão e sei como que é. É horrível, não dá vontade de fazer nada, ninguém merece passar por isso e muita gente passa. Só de sentir o comportamento depressivo, uma sensação de depressão, algo que estava me magnetizando para baixo, corri como um louco na direção oposta para tirar aquilo de mim, aquela nuvem pesada que estava querendo pairar sobre a minha cabeça. Não permiti que a deprê me invadisse e me mantive na luz.

Como saiu dessa?
Eu saí dessa com a minha família – a Malena, a Carol e a minha mãe. Em alguns momentos, eu ia à praia de madrugada olhar o mar. Eram algumas estratégias pra me sentir vivo e me ressignificar nessa pandemia. São estratégias que eu já tinha na minha vida – como a prática de atividades físicas e a conexão com a natureza – e potencializei muito para não deixar esse mal entrar.


E a relação conjugal na pandemia?
Com certeza, independentemente de pandemia, eu e a Carol já tivemos nossas fases difíceis. Todo casal tem que ter. Até certo ponto, considero saudável ter crise no relacionamento porque isso fortalece depois e a gente se entende muito. Nós fizemos, inclusive, terapia de casal

Como avalia a experiência da terapia de casal?
Aconselho muito. Aconselho que casais que estão passando por desafios não joguem a toalha. Desde que não seja um relacionamento com agressões, eu aconselho que não joguem a toalha, não desistam um do outro. Eu e a Carol buscamos ajuda espiritual e com terapia de casal. Graças a Deus, a gente está sobrevivendo a esta pandemia. Vivemos mais momentos felizes do que tristes ou de brigas.

Dá para apimentar a relação durante o isolamento? Ou a intimidade fica mais "morna"?
Apimentar a relação, para mim, é essencial. Eu sou uma pessoa muito sexual, digamos assim. A Carol é mais tranquila, mas tem entusiasmo para me acompanhar em 90% das vezes. Não tem possibilidade da relação ficar morna. Acho a troca sexual muito importante, muito sagrada entre um casal. A parceria tem que ter um troca sexual intensa, verdadeira, funciona até como antidepressivo (risos). Não sei se falar isso é saudável, mas a minha vida sexual com a Carol está longe de ficar morna.

Quando a pandemia chegar ao fim, o que pretende fazer?
Quando a pandemia acabar, quero viajar o triplo. Sinto muita falta de viajar, de trabalhar, sinto falta dessa troca, de viver mesmo. Acho que a gente vai dar muito mais valor a partir de agora. A pandemia me ensinou a dar valor. Eu me considero uma pessoa grata em muitos aspectos da minha vida, mas, de agora em diante, farei algumas atividades com ainda mais entusiasmo quando a gente puder se estabelecer nesse novo normal.

FONTE: https://revistaquem.globo.com/Entrevista/noticia/2020/08/jesus-luz-me-senti-beirando-depressao-e-fiquei-com-medo.html

FOTOS: Márcio Farias/ RL Assessoria e Instagram oficial Jesus Luz 

Mateŕia feita por Beatriz Bourroul (insta @biaboueroul)