segunda-feira, 14 de julho de 2014

Sobre as águas, Jesus Luz 'anda e voa' fazendo manobras no flyboard



      Quem passa meio distraído em frente ao Largo da Barra, na Zona Oeste do Rio, leva um susto. Da água emerge um homem, que flutua  em pleno ar, como se estivesse voando. O local, conhecido pela prática de esportes aquáticos, ganha curiosos que anseiam saber como é possível um homem "andar" sobre as águas. E quando descobre-se que o nome dele é Jesus, impossível não pensar  em uma das passagens biblícas.




No caso, o Jesus da Barrinha é Jesus Luz, um adepto de esportes radicais desde moleque. O DJ conheceu há cerca de três meses o flyboard e não sossegou até conseguir "voar" por aí. "A sensação é essa mesmo, a de que estamos voando de verdade. Talvez seja o mais próximo que o homem tenha chegado a um pássaro. É uma liberdade incrível", empolga-se ele.


     Tal qual Ícaro, que na mitologia grega ganhou asas e chegou perto do sol, Jesus tenta subir cada vez mais. "Já chego bem alto, e dá para fazer umas manobras. Mas quando assisto aos vídeos dos esportistas que fazem isso há muito tempo, vejo como eles conseguem fazer coisas mais radicais. É o que quero", conta.
     O flyboard é uma engenhoca pensada e construída durante anos na França pelo piloto de competição Frank Zapata. Plugado a um jet ski através de mangueiras que bombeiam água a uma grande potência, o aparelho faz com que o praticante consiga emergir através de uma prancha com encaixe para os dois pés até dez metros de altura. "Mas é quem está praticando que controla o movimento, como se estivesse andando de skate ou patins. O jet ski é apenas um codificador no processo, bombeando a àgua através da turbina", conta Gustavo Queiroz, da 360 Sports, que trouxe para o Rio de Janeiro o brinquedinho: "Qualquer pessoa pode fazer. De crianças a velhinhos, todos estão aptos a voar".


     Quase uma hora depois em cima de sua pranchinha, Jesus chega à margem já cansado e ofegante. E olha que preparo físico não lhe falta. "É um esporte que demanda equilíbrio. Para ficar tanto tempo em pé, é preciso contrair o abdômen, encaixar o quadril e flexionar um pouco os joelhos. Ou seja, a panturrilha é trabalhada o tempo inteiro, os músculos dianteiros da coxa e da barriga também. Saio todo dolorido", justifica Jesus, que já observa mudanças no próprio corpo após aderir ao flyboard: "Notei que o abdômen está mais trabalhado".
      A região glútea também. Mas Jesus apenas ri sem saber dizer se o bumbum cresceu realmente. O moço está tão fissurado nas manobras que consegue fazer sobre as águas que já pensa em adquirir o própro equipamento, que custa por volta de R$ 23 mil: "Mas a estrutura tem que ser grande também, ter um jet, ter onde guardar isso tudo. Por enquanto, vou aproveitando os dos amigos".





(Fotos: Marcos Serra Lima/ EGO/
TEXTO: SITE EGO)

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